Peça o seu orçamento

Peça o seu orçamento

Deixe-nos os pormenores do seu projecto e os seus contactos. Entraremos em contacto o mais rápido possível.

    Sustentabilidade

    5 mitos sobre a arquitectura sustentável

    Com a pressão cada vez mais urgente das mudanças climáticas e do crescimento demográfico e urbano, o conceito de construção sustentável ganhou cada vez mais importância. Contudo, com o aumento de interesse nesse tema, surgiram também uma série de mitos.

    1. A construção baseada na arquitectura sustentável é mais cara

    A convicção de que a arquitectura sustentável é mais dispendiosa do que a dita “arquitectura convencional” é compreensível, mas não podia estar mais errada.

    Sabia que a energia operacional, ao longo da vida útil de uma típica moradia, será dez vezes maior do que a energia utilizada para a construir?

    Uma habitação é um investimento, mais precisamente, um investimento a longo prazo. Se isso é verdade para uma construção convencional, é ainda mais para uma construção sustentável. A arquitectura sustentável, permite-nos construir uma Passive House (lê o artigo O que é uma Passive House?), com um consumo de energético quase nulo, o que nos permite economizar em larga escala ao longo da nossa vida, e recuperar rapidamente o nosso investimento inicial.

    2. Arquitectura sustentável é um estilo/moda

    A frase “a ecologia é uma moda, como todas as modas vai passar” está totalmente ultrapassada. O design consciente e sustentável veio para ficar, sendo até a sua importância reconhecida pela ONU nos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável na Agenda 2030.

    As edificações e as cidades apenas serão sustentáveis se nos propusermos a construí-las dessa forma. Essa construção requer uma compreensão interdisciplinar de aspectos económicos, sociais, ambientais e técnicos que devem ser aplicados desde o início. Depois de elaborado o projecto de um edifício, é tarde demais para o tornar sustentável. Os recursos adicionados posteriormente, conhecidos como ecomaquilhagem pouco ou nada contribuem do ponto de vista ambiental.

    3. Uma construção moderna é uma construção sustentável

    Já pensou, que o edifício mais sustentável, pode ser aquele que já existe?

    Uma edificação já existente, adaptada para um novo uso, melhorada em termos energéticos, cumprindo com os novos padrões de isolamento térmico e ventilação, pode proporcionar um espaço saudável e de alta qualidade, muitas vezes com uma melhor relação custo/benefício.

    Existem demasiadas edificações desabitadas, nas nossas cidades, com um enorme potencial para casas, comércio ou serviços que acabam muitas vezes por ser demolidas, quando estão num estado razoável de conservação e com bastantes elementos já presentes que nos vão ajudar a economizar na aquisição de materiais base.

    4. A arquitectura sustentável, é feita de materiais sustentáveis

    Esta afirmação, é neste caso, uma meia verdade, sendo que ambos serão necessários. Até porque hoje em dia, há diversos requisitos que devem ser cumpridos ao nível da segurança sísmica e contra incêndios.

    Todos os materiais de construção possuem energia incorporada: a energia gasta na sua extracção, produção, transporte e instalação. Devemos tentar reduzir a energia incorporada através de materiais locais, e edificações duradouras, adaptáveis e de baixo consumo energético. O uso de materiais como o betão, tijolo, vidro e isolamento devem ser utilizados com moderação, e utilizados de forma a reduzir a energia operacional.

    Por exemplo:

    O betão deve ser utilizado na laje pelas suas características de rigidez e também de termoacumulação, permitindo um maior ganho energético e um gasto menor em aquecimento.

    O vidro, permite ganhos solares que também nos garantem um grande ganho energético no Inverno, mas devem ser aplicados de forma moderada para garantir que a casa não sobreaquece no Verão.

    O tijolo garante uma grande estabilidade térmica, contudo, tal como os materiais acima mencionados, são materiais que dificilmente ou até nunca são passíveis de ser reutilizados, quando é necessária uma demolição.

    Este factor faz com que o final de vida do edifício seja muito pouco sustentável, uma vez que estes materiais são considerados “ não renováveis (apenas podem ser “explorados” uma única vez.)

    Contudo para saber sobre este assunto de uma forma mas detalhada, aconselho a leitura do artigo Quais são os materiais construtivos mais sustentáveis?.

    5. As casas contentores são mais sustentáveis

    É uma das soluções construtivas da moda neste momento. A utilização de contentores marítimos como casa, chama à atenção pelo seu preço, e rapidez de construção.

    Muita gente acredita também que são uma alternativa ecológica face aos métodos de construção comum. Contudo, isto só se verifica quando o contentor em questão é reciclado, e não implica uma entrega longa e específica para esse propósito, caso contrário, a quantidade de recursos utilizados para a construção e transporte de um contentor novo é bastante elevado para ser considerado sustentável.

    Além do fator da pegada ecológica, existe também a questão do seu desempenho. Em termos de qualidade do ar, caso o contentor seja reciclado, existe uma boa probabilidade de já ter transportado substâncias tóxicas, que afectam a qualidade do ar quando convertidos em habitação. A ventilação será sempre necessária, mas neste caso deverá ser exímia.

    Por fim, existe também a questão do desempenho térmico. O revestimento em aço faz com que as condições de habitabilidade sejam nulas tanto no inverno como no verão, sendo então necessário a escolha de um isolamento eficaz e de acordo com as normas sustentáveis.

    Para mais esclarecimento sobre isolamentos lê o artigo Como devo escolher o meu isolamento?.

    Share

    Leave a Reply

    Your email address will not be published. Required fields are marked *